BIOGRAFIA

"PCdoB sabe governar", diz Nino Lins, vereador eleito em Olinda

Nino Lins na posse dos vereadores

Em entrevista exclusi­va a assessoria de imprensa
do próprio comitê, o vereador Nino Lins, 43, eleito com mais de dois mil vo­tos, em Olinda, fala um pouco do sabor da conquista. Nino é atu­ante no bairro de Salgadinho sendo líder comunitário há mais de oito anos. Nesta vitória ele definiu a for­ça e o bom desempenho do partido na cidade com a frase: “O PCdoB sabe governar”. 

O vereador, eleito pela primeira vez em sua terceira tentativa, afirma que vai fazer valer os votos da população. Os comu­nistas receberam mais de sete mil votos da legenda para vereador na cidade. Das 17 cadeiras na Câmara Municipal, 15 serão ocupadas por parlamentares que disputaram as eleições e compunham a coligação de apoio ao futuro prefeito Renildo Calheiros. Com essa entrevista o eleitor poderá saber quais as pre­tensões do novo parlamentar.

ASSESSORIA DE IMPRENSA - O que a população ganha com sua vitória? 
NINO LINS - Vai ganhar mais em termos de trabalho social que vai ser desenvolvido, não só dentro de nossa comunidade, mas dentro do município. Esse mandato vai forta­lecer o povo olindense e, principal­mente, o bairro de Salgadinho, que nunca elegeu um vereador. IMPRENSA - Dos 326 candidatos você foi o 9º mais votado em Olin­da com 2.917 votos, esperava por este resultado?

NINO - Foi uma surpresa. Até mesmo porque eu estava num parti­do grande, onde o PCdoB já tin­ha quatro vereadores de mandato. Muita gente dizia que era difícil, mas eu acreditava no trabalho que estávamos desenvolvendo no deco­rrer desses oito anos junto à comunidade.

IMPRENSA - A convivência com os eleitores teria sido um fator impor­tante para a sua vitória?

NINO - É de grande importân­cia quando o político conhece seu eleitor e a população sabe em quem vai votar. Dessa forma fica muito mais fácil. Muitas vezes o candi­dato chega ao bairro, pega o voto e vai embora. Fui líder comunitário durante oito anos. Isso fez com que fortalecesse essa votação e esse contato junto com o povo.

IMPRENSA - Que visão atual você tem de Olinda e do bairro que você foi mais votado?

NINO - Olinda cresceu muito em termos de trabalho e de estrutura. Eu posso dizer que, em 2000 quan­do fui candidato pela 1ª vez e ob­tive 536 votos, a prefeita recebeu a cidade sem recurso, com muitas dívidas e outros problemas graves. Com isso, a Luciana Santos [pre­feita de Olinda] teve grandes di­ficuldades para começar a admin­istrar. Mas hoje, a cidade já tem outra composição. Quando anda­mos na orla marítima já podemos ver o progresso chegando mais perto de Olinda e até mesmo nas comunidades. Posso citar o bairro de Salgadinho e Sítio Novo que no decorrer desses oito anos consegui­mos calçar seis ruas, reformar uma escola, trazer o Posto de Saúde da Família (PSF) além de outras con­quistas. 
IMPRENSA - Uma das suas metas em sua gestão? 
NINO - Criar uma cooperativa de emprego na comunidade. Para deixarmos a população pronta para ir à busca de um trabalho, por mais que as pessoas queiram uma ocu­pação, não têm capacitação, não sabem elaborar um currículo e, principalmente, não tem idéia de como se apresentar de forma ad­equada numa seleção.
IMPRENSA - Qual o problema at­ual em Olinda, ou no bairro mais votado, que pretende solucionar com mais urgência? 
NINO - É a questão de sanea­mento básico e educação dentro da comunidade, essas serão as minhas primeiras prioridades. 
IMPRENSA - Sobre a segurança, o que poderá fazer por esta área? 
NINO - Como temos um bom relacionamento com o coronel José Lopes, pretendemos formar uma parceria para que a comunidade seja mais contemplada em termos de policiamento.

IMPRENSA - Como o senhor ava­lia o processo de renovação na ci­dade?

NINO - O povo hoje está mais consciente. O eleitor não se vende mais.

IMPRENSA - O PC do B sabe gov­ernar?

NINO - O PCdoB sabe governar sim. Tanto é que desde 1985, quan­do o partido passou a ser legalizado, vem crescendo muito. Hoje temos 604 vereadores em todo o Brasil, numa média de aproximadamente 64% dos vereadores no país.