Os moradores da Comunidade Ponte Preta, no Complexo de Salgadinho, em Olinda, vão aguardar mais um pouco para ter acesso à passarela, esta é a má notícia. A boa, é que agora ela será definitiva. Foi o que ficou decidido na audiência da última segunda-feira (28), no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A justificativa da presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pela rodovia, Érika Luna, e do secretário de transportes do Estado, Isaltino Nascimento, é poupar os cofres públicos.
“A necessidade de um redutor de velocidade é maior por causa da liberação do viaduto da Avenida Pan Nordestina”, diz o vereador Nino Lins. |
De acordo com Érika, a colocação de uma passarela provisória seria um gasto supérfluo por causa do material utilizado e da real necessidade de uma permanente no local. “As duas empresas que fazem esse tipo de trabalho [instalação de passarela provisória] na região metropolitana do Recife, utilizam tubulação de ferro e não inox ou aço galvanizado. Seria a mesma coisa de colocá-la na beira da praia”, explica a presidente ao referenciar o ferro, que, exposto a maresia, seria corroído rapidamente.
A preocupação do vereador Nino Lins continua sendo a demora. “O projeto é bom, mas voltou à estaca zero. A população precisa de uma solução imediata, como um redutor de velocidade, enquanto o novo projeto não for implantado”, reforça. O secretário Isaltino concorda com Nino e deu prazo de 30 dias para apresentar os novos estudos técnicos, que irá definir o local e o prazo de início da obra. “E nesse período como a gente faz para atravessar? Será que vai ser sempre assim?”, indaga o líder comunitário Rildo José, que esperou a audiência acabar para falar diretamente com Isaltino.
Na reunião também ficou definida uma equipe para acompanhar os estudos e participar da elaboração do novo projeto. Além do vereador Nino Lins, fazem parte do grupo: a Secretaria de Transporte e Controle Urbano Ambiental, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Secretaria das Cidades, o Batalhão de Polícia Rodoviária de Pernambuco (BPRV), o setor de engenharia do MPPE, e representantes das comunidades de Salgadinho e Sítio Novo.
“Colocar uma passarela temporária é uma enganação, porque não vai resolver o problema”, afirma Isaltino. |
Na próxima audiência, marcada para o dia 27 de abril, às 14h30, na 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda, será apresentado os resultados dos estudos, o cronograma e a viabilidade ou não da instalação de uma lombada eletrônica, semáforo, tachão, ou outro equipamento redutor de velocidade provisório que foi sugerido por Nino.
O processo de reinstalação da passarela, que antes seria em frente ao Conservatório de Música de Olinda (CEMO), foi iniciado em 2006. O vereador Nino Lins espera que desta vez a reivindicação seja resolvida. O parlamentar lembra que com a liberação do novo viaduto, a velocidade dos veículos aumentou e, consequentemente, o risco de atravessar é ainda maior.
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